Trata-se de um apartamento, com construção original datada de 1986, que possuía destarte, amplitude e generosidade em relação aos espaços existentes. Porém, a distribuição espacial, conforme projetos da época, consistia em grande número de subdivisões, além de apresentar padrões formais não condizentes com as questões contemporâneas. Diante disto, um "retrofit", conseguiria solucionar a demanda existente: somando a qualidade espacial, que pautava-se sobre a generosidade dos espaços, com uma nova divisão e proposta formal para os novos ambientes projetados. 

O “material board” proposto, traduz a linguagem brasileira: concreto, ladrilhos hidráulicos e madeira. O piso existente das áreas sociais e quartos, em especial, foi totalmente recuperado, e tratam-se de réguas de ipê-roxo, visando protagonizar e qualificar o nobre material e refletindo sobre questões sustentáveis, propondo o reaproveitamento e a recuperação em detrimento de trocas imediatas. 

As área molhadas, seguem o padrão minimalista clássico: aposta assertiva no branco, como configurador e ampliador de espaços, clareza funcional e limpeza visual. Poucos elementos e texturas compõem os espaços, desta maneira, poderão ser contemplados e reconhecidos, diante de proposições exageradas. Novas instalações hidro-sanitárias, elétricas e de gás, também se fizeram necessárias, a fim de suportar os equipamentos e modos de uso, além do novo sistema de aquecimento dos chuveiros e torneiras.